Escoliose: 6 sintomas, causas e como tratar
A escoliose pode estar relacionada à dor e ao desgaste da coluna vertebral conforme envelhecemos. Essa não é a regra. Muitas pessoas, que têm curvaturas pequenas, passam a vida toda sem saber da escoliose, sem dor, sem limitações. Outras, com curvas grandes e rapidamente progressivas, necessitam de cirurgias corretivas.
É importante reconhecer, monitorar a progressão e identificar o tratamento adequado.
Neste blog, exploraremos os aspectos fundamentais da escoliose, desde sua fisiopatologia até as opções de tratamento disponíveis, mostrando a importância de prestar atenção na saúde da sua coluna!
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O que é escoliose?
É uma condição médica caracterizada por uma curvatura anormal da coluna vertebral, que pode se manifestar em forma de um “C” ou um “S” quando observada de costas.
Essa curvatura pode ocorrer tanto para o lado esquerdo quanto para o lado direito da coluna, sendo determinada pela rotação das vértebras.
Principais sintomas da escoliose
Os principais sintomas podem incluir:
- Assimetria nos ombros ou quadris: uma das curvaturas anormais da coluna pode causar uma inclinação ou elevação dos ombros, ou quadris, levando a uma aparência assimétrica;
- Cintura desigual: a curvatura da coluna pode resultar em uma cintura que parece desigual quando vista de frente ou de costas;
- Coluna vertebral curvada: a curvatura anormal da coluna pode ser visível quando a pessoa é vista de costas, parecendo um “C” ou um “S”;
- Um lado da caixa torácica ou uma perna pode parecer menor que o outro: a curvatura da coluna pode afetar a posição das costelas e a aparência das pernas, levando a uma assimetria perceptível
- Inclinação do corpo para um lado: para compensar a curvatura da coluna, a pessoa pode inclinar o corpo para um lado ao ficar em pé ou caminhar;
- Sintomas discretos, como desconforto muscular e sensação de fadiga nas costas: algumas pessoas podem experimentar desconforto ou fadiga muscular nas costas, especialmente após períodos prolongados na mesma posição, como sentado ou em pé.
É importante ressaltar que os sintomas podem variar dependendo do grau de curvatura da coluna e da sua localização.
Nem todas as pessoas com escoliose apresentam todos esses sintomas e, em alguns casos, a condição pode ser assintomática. O diagnóstico precoce e o acompanhamento são essenciais para o manejo adequado.
Quais as causas da escoliose?
Pode ter diversas causas, e estas podem ser classificadas em diferentes categorias. Aqui estão algumas das principais causas da escoliose:
Escoliose idiopática
Este é o tipo mais comum de escoliose e representa cerca de 80% dos casos. Nesse tipo, a causa exata da curvatura anormal da coluna não é conhecida.
Pode ocorrer em crianças e adolescentes, sem antecedentes pessoais de malformações ou patologias da coluna.
Escoliose congênita
A escoliose congênita é causada por anormalidades presentes desde o nascimento, como vértebras em forma de cunha ou fusão anormal de vértebras.
Essas anomalias podem levar ao desenvolvimento de curvaturas anormais da coluna.
Escoliose neuromuscular
Esse tipo de escoliose é associado a distúrbios neurológicos ou musculares que afetam o controle muscular, como paralisia cerebral, distrofia muscular, lesões medulares ou doenças neuromusculares.
Escoliose degenerativa
A escoliose degenerativa é mais comum em idosos e é causada por degeneração dos discos intervertebrais, das articulações da coluna vertebral e tecidos adjacentes.
Escoliose associada a outras condições
Além das causas mencionadas acima, a escoliose também pode estar associada a outras condições, como tumores na coluna vertebral, infecções ou lesões traumáticas.
Que exame diagnostica escoliose?
Durante o exame físico, o profissional irá observar a postura do paciente, procurar por assimetrias nas costas, ombros, caixa torácica e pelve, e realizará testes específicos para avaliar a amplitude de movimento da coluna vertebral.
Além do exame físico, exames de imagem são frequentemente utilizados para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da escoliose. Os principais exames de imagem incluem:
- Radiografia: a radiografia da coluna vertebral é o exame mais comum para diagnosticar a escoliose. Ela fornece imagens detalhadas das vértebras e permite ao profissional medir o ângulo da curva, conhecido como ângulo de Cobb.
- Tomografia Computadorizada (TC): Em casos mais complexos ou para avaliar detalhes específicos da anatomia da coluna vertebral, a tomografia computadorizada pode ser realizada.
- Ressonância Magnética (RM): a ressonância magnética pode ser usada para avaliar as estruturas dos tecidos moles ao redor da coluna vertebral, como os discos intervertebrais e os ligamentos.
Também pode servir para identificar possíveis causas subjacentes da escoliose, como tumores ou anomalias congênitas.
O diagnóstico preciso da escoliose é fundamental para determinar o plano de tratamento adequado, que pode incluir monitoramento regular, fisioterapia, uso de órteses ou, em casos mais graves, cirurgia.
Escoliose tem cura?
A escoliose não tem uma “cura” definitiva no sentido tradicional, mas pode ser tratada para controlar os sintomas, evitar complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente
Como tratar a escoliose?
O tratamento pode variar dependendo da gravidade da condição, idade do paciente e outros fatores individuais. Aqui estão algumas opções de tratamento:
- Fisioterapia: A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento da escoliose, incluindo exercícios específicos, chamados tridimensionais, para fortalecer os músculos das costas e melhorar a postura, além de mudar a percepção corporal e adicionar autoconhecimento.
- Quiropraxia: a quiropraxia tem inúmeras técnicas de ajuste manual da coluna vertebral para melhorar sua função. Pode proporcionar alívio dos sintomas e além de melhorar a função local (das articulações), também pode contribuir para melhora de áreas cerebrais relacionadas ao controle motor e a postura.
- Exercícios específicos: certos exercícios podem ajudar a fortalecer os músculos das costas e abdominais, melhorar a flexibilidade e corrigir desequilíbrios musculares que contribuem para a escoliose.
- Mesas e dispositivos de tração: com muita cautela e em pacientes específicos, as terapias de tração podem ser utilizadas para descomprimir a coluna vertebral. É imprescindível uma avaliação detalhada.
- Colete ortopédico: em casos moderados a graves, o uso de coletes ortopédicos pode ser recomendado para corrigir a curvatura da coluna vertebral, especialmente em crianças e adolescentes durante o período de crescimento, quando a escoliose está progredindo rápido.
- Cirurgia: em casos pontuais, mais graves, as cirurgias são necessárias.
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